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Renda fixa: saiba como investir com segurança

A renda fixa é um tipo de investimento considerado mais seguro e que envolve opções muito conhecidas - como poupança e CDB.

Renda Fixa: colagem de uma casa sobre um "solo" roxo.

Tesouro Direto, CDB e poupança são os tipos de investimento em renda fixa mais conhecidos - e alguns deles são muito citados como uma boa opção para quem está começando a investir. Mas nem sempre fica claro o que é renda fixa de fato e por que ela é tão popular.

A renda fixa tem um papel importante no mundo dos investimentos. Os investidores iniciantes podem considerá-la em primeiro lugar para construção da reserva de emergência. Mas, para além disso, este investimento é particularmente interessante para quem está começando a se aventurar no mundo financeiro por conta da segurança que garante.

O que é renda fixa?

Para resumir, a renda fixa é uma modalidade de investimentos na qual o investidor tem uma garantia de retorno sobre o valor aplicado no momento do vencimento. Ou seja, é um tipo de aplicação onde há certeza de retorno. 

Os investidores que procuram segurança e rendimentos mais estáveis encontram isso na renda fixa. É o primeiro tipo de investimento que você deve fazer caso não tenha nenhuma reserva de emergência, por exemplo.

Em outras palavras, quando você faz um investimento de renda fixa, você empresta dinheiro para as instituições financeiras que emitem o título. Em troca, recebe uma taxa de rentabilidade, e esse valor é acrescido de juros.

A renda fixa é um tipo de investimento no qual o investidor (você, no caso) já tem maior clareza de quanto poderá receber ao final.

Isso acontece porque a renda fixa pode ser:

Tipos de renda fixa

  • Prefixada — ou seja, logo que você decide fazer esse investimento é possível saber exatamente qual será o retorno lá no futuro, no fim da aplicação. Por exemplo: um rendimento de 6% ao ano.
  • Pós fixada - quando o rendimento dela é atrelado a algum outro índice da economia. Por exemplo, um rendimento de 100% do CDI (uma taxa comum usada pelos bancos). Nesse caso, o investidor sabe que seu dinheiro vai render conforme algo específico - mas não sabe exatamente quanto porque esse indicador tem suas flutuações.

Os prefixados apresentam menos riscos para o investidor - mas, no geral, os pós-fixados também são considerados investimentos muito seguros.

Muitos investimentos em renda fixa também têm liquidez diária, o que significa que o dinheiro colocado nele pode ser resgatado a qualquer momento. Isso é muito interessante para quem está criando uma reserva de emergência, por exemplo.

Veja aqui a diferença entre Rendimento e Liquidez.

Além da renda fixa, existe outro tipo de investimento: renda variável. Como o próprio nome sugere, ele é o oposto da renda fixa: os produtos financeiros desse tipo variam, o que significa que o rendimento também varia ao longo do tempo. Exatamente por ser menos previsível, o risco deles é maior e o rendimento também pode ser.

Renda fixa vale a pena?

À primeira vista, a renda variável pode parecer mais vantajosa do que a renda fixa por fornecer melhores chances de ganhos. Contudo, é preciso cuidado com essa ideia.

No mercado financeiro, o retorno de um ativo (como é chamado qualquer investimento) costuma ser proporcional ao seu risco. Ou seja, quanto maior o retorno possível, maior o risco.

Investir em ações na Bolsa, por exemplo, é um tipo de investimento de renda variável.

A bolsa de valores é um mercado nada previsível – ele pode variar muito e de forma rápida.  O investimento em ações envolve sangue frio e conhecimento para lidar com as oscilações.

São famosas as histórias de investidores que ficaram milionários com ações. Mas isso não veio sem um risco: da mesma forma, existem investidores que perderam tudo da noite para o dia apostando na bolsa de valores. Essas oscilações são características de investimento em renda variável.

Já a renda fixa oferece rendimentos constantes e estáveis, o que dá mais tranquilidade ao investidor, principalmente quando se pensa em longo prazo.

Por isso, se você vai começar agora a investir, a recomendação é dar preferência para os investimentos em renda fixa.

Com eles, você consegue criar uma reserva de emergência e não corre tantos riscos – além de conseguir retirar a quantia quando precisar. Quando essa reserva já existir, você pode começar a pensar em investir em outros produtos menos seguros e com retornos mais interessantes.

A renda fixa também é uma opção para os investidores conservadores.  Sendo assim, ela pode ser usada para proteger o patrimônio da inflação (lembre-se da rentabilidade real mencionada acima). 

Proteção do FGC

Vários títulos de renda fixa também trazem mais segurança por terem garantia do FGC, o Fundo Garantidor de Créditos. Caso a instituição financeira que emitiu o título quebre, o FGC garante que o investidor recupere até R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira.

As chances desse tipo de problema acontecer são pequenas, mas a  proteção é sempre bem-vinda.

Os produtos de renda fixa pode ser uma alternativa, inclusive, para pessoas que pensam no longo prazo, com investimentos para a aposentadoria, em especial os títulos públicos.  Mas o cenário de taxa de juros baixos exige cautela na hora de investir, ainda que o investidor decida ficar apenas na renda fixa. 

Existe uma grande diversidade de aplicações no mundo da renda fixa. Portanto, a dica é avaliar o seu perfil de investidor e objetivo, bem como analisar o produto financeiro antes de colocar o seu dinheiro.

Investimentos de renda fixa

Tesouro direto, CDBs, LCIs e LCAs são alguns investimentos de renda fixa. Saiba mais sobre eles:

Tesouro Direto

O Tesouro Direto é a plataforma do Tesouro Nacional para compra de títulos público.

Quando você compra um título do Tesouro está emprestando dinheiro ao governo, que te retornará essa quantia com um juros posteriormente.

Os títulos podem ter taxas de juros pré ou pós-fixadas. No caso da prefixada, o investidor já sabe qual será a taxa de rendimento no momento da aplicação e quanto receberá no vencimento do título.

Já a pós-fixada é atrelada a algum índice, como a Selic ou o IPCA. Ou seja, você receberá o valor emprestado mais os juros de acordo com a variação de um desses índices. Não se sabe, portanto, o quanto receberá no vencimento do título, já que os índices variam.

A taxa Selic é usada pelo Banco Central para controlar a inflação. Assim, quando a Selic sobe, os juros cobrados nos financiamentos, empréstimos e cartões de crédito ficam mais altos. Isso desestimula o consumo e favorece a queda da inflação. 

Em contrapartida, quando a taxa Selic cai, tomar dinheiro emprestado fica mais barato, já que os juros cobrados nessas operações ficam menores. E isso estimula o consumo. 

Da mesma forma, a alta da taxa Selic também impacta o câmbio. Em outras palavras, ela interfere no valor do real frente às moedas estrangeiras. No longo prazo, a tendência é que o aumento dos juros favoreça a valorização do real perante o dólar.

CDBs

Enquanto no Tesouro você empresta dinheiro ao governo, no CDB, ou Certificado de Depósito Bancário, emprestará dinheiro aos bancos.

Os bancos possuem operações comerciais de empréstimos, como cheque especial, crédito direto a correntistas e financiamento de automóveis, por exemplo. Para viabilizar essas operações e atender aos clientes que precisam de crédito, os bancos também tomam dinheiro emprestado pagando juros.

Os CDBs são os títulos dessas dívidas, que você poderá adquirir e receber um rendimento pelo tempo do empréstimo. Esses ativos também podem vir com juros pré ou pós-fixados.

LCA e LCI

As Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e Letras de Crédito Imobiliário (LCI) são títulos de dívida em que o investidor empresta dinheiro ao mercado do agronegócio ou no setor imobiliário.

Os títulos são emitidos por bancos, que trabalham como intermediários nessa operação. Uma das vantagens desses dois investimentos de renda fixa é que eles são isentos de imposto de renda. Aqui, o investidor também poderá encontrar títulos com taxas pré ou pós-fixadas.

Fundos de investimento

Os fundos de investimento são grupos de investidores que se juntam sob uma gestora para investir em uma mesma carteira de ativos. Essa administradora vende as chamadas “cotas”, e o investidor terá o rendimento da carteira proporcional ao número de cotas que possui.

Os fundos são uma boa opção para quem não tem tanto tempo para acompanhar os investimentos, mas fique atento: eles requerem certo conhecimento.

Existem inúmeros fundos disponíveis que investem em todo tipo de ativo: fundos de renda fixa, fundos multimercado, fundos de ações, entre outros.

Conclusão

Independentemente do patamar de juros, uma informação que sempre deve ser levada em conta pelo investidor é o ganho real dos investimentos. Ele é próximo da diferença entre a inflação e a taxa de juros do período.

Por incrível que possa parecer, num cenário de juros baixos, existe a possibilidade de um ganho real maior. Isso acontece por uma razão muito simples: A inflação baixa, e aparentemente sob controle.

Vale lembrar que na hora de calcular o rendimento real é importante considerar o Imposto de Renda. Com exceção de LCI, LCA, CRI e CRA e debêntures incentivadas, as aplicações são tributadas pelo IR regressivo, que vai de 22,5% até 15%, a depender do prazo. Então, quanto maior o tempo de resgate, menor o IR cobrado. Confira as taxas do IR em relação ao tempo do investimento em renda fixa:

  • 22,5% (até 180 dias)
  • 20% (de 181 a 360 dias)
  • 17,5% (de 361 a 720 dias)
  • 15% (acima de 720 dias)

Aliás, se você está começando a investir, veja o post completo com uma explicação detalhada de como funcionam as várias opções disponíveis no mercado.

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