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Amortização: tudo que você precisa saber

Esse processo permite reduzir o valor total de uma dívida. Entenda como a amortização funciona e quais os tipos.

Foto de uma sequência das 5 bonecas russas do tipo Matrioska em ordem decrescente, da esquerda para a direita. Ao fundo, é possível identificar uma estante de livros desfocada. As bonecas estão pintadas de vermelho, possuem olhos verdes, cabelo ruivos e são decoradas com flores e detalhes em dourado, preto e branco. O objetivo desta foto é demonstrar o impacto da amortização, tema do conteúdo no qual a imagem é utilizada.

Quando um credor empresta seu dinheiro – seja como crédito ou investimento, a que ele recebe seus recursos de volta se chama amortização. 

Em outras palavras, amortização é o processo no qual a parte devedora (quem tomou o empréstimo) devolve os recursos a quem emprestou o dinheiro – ou, no caso dos investimentos, ao investidor. Entenda como ela funciona.

O que é amortização?

A amortização é o processo de redução do valor total de uma dívida por meio de pagamentos periódicos. Esses pagamentos podem ser variados ou fixos, e o atraso neles pode incidir em juros.

Para simplificar, pense em um empréstimo de dinheiro do banco ou financiamento. O valor é dividido em prestações para o pagamento, e em cada prestação já estão inclusos juros ou taxas.

Conforme as parcelas vão sendo pagas, o valor da dívida passa a diminuir. A amortização é justamente a diminuição da dívida.

O que é amortizar parcelas?

Quando se fala de amortização de parcelas, na prática, trata-se de antecipar as parcelas para reduzir o valor inicial da dívida.

Geralmente, a ideia de amortizar parcelas é reduzir os juros e o tempo do financiamento/empréstimo.

Assim, amortizar uma parcela quer dizer que você está adiantando uma das parcelas finais, diminuindo o tempo de financiamento e, como ganho adicional, tendo uma possível redução de seus juros incidentes — este benefício é estabelecido pela instituição financeira.

Como funciona amortização de dívidas? 

A amortização de dívidas funciona com base em alguns fatores: valor principal, taxa de juros, saldo devedor e prestações. Isso significa que, a cada prestação paga, há redução do saldo devedor, que é entendido como a incidência de juros sobre o valor principal.

Um ponto importante é que a amortização é realizada com base em um planejamento. Isso quer dizer que, para ser possível amortizar uma dívida, é necessário que você também tenha seu planejamento financeiro pessoal em dia.

Afinal, não adianta amortizar parcelas em um mês e descobrir no mês seguinte que não conseguirá pagar a próxima.

Amortização: como calcular

Mesmo com um bom planejamento, é necessário escolher o tipo de amortização que melhor se encaixe em sua realidade e da sua dívida. Afinal, por mais que a fórmula do cálculo “pagamento = amortização + juros” seja simples, há particularidades que podem favorecer quem paga e quem recebe.

Atualmente, existem seis principais sistemas de amortização, cada um com suas regras.

Alguns são aplicados em operações envolvendo apenas empresas, outros são mais comuns em empréstimos e linhas de crédito de pessoas físicas.

Sistema de Pagamento Único

Neste sistema, é realizado o pagamento do valor total de uma só vez. Essa parcela única é composta pelo valor da dívida inicial acrescido de juros.

Sistema de Pagamento Variável

O Sistema de Pagamento Variável trabalha com pagamentos periódicos de valores variáveis, de acordo com a condição do devedor. 

Esse sistema é o mais utilizado pelos cartões de crédito convencionais, no que conhecemos como crédito rotativo. Não há uma fórmula fixa, sendo que suas variações dependem diretamente das políticas da instituição financeira.

Sistema Americano de Amortização (SAA)

No SAA, os juros são pagos em períodos pré-estabelecidos, enquanto o pagamento de quitação da dívida é feito em uma única parcela, estabelecida ao final do contrato.

Ou seja, você recebe o valor emprestado, paga apenas o valor dos juros durante um período e, ao final, paga todo o valor que tomou emprestado.

Esse sistema favorece investimentos nos quais uma empresa deseja gerar capitalizações mensais com o objetivo de quitar uma dívida em um determinado prazo. Um de seus benefícios é a possibilidade de predizer sempre o valor total pago, já que não há alteração do valor final da dívida nem das parcelas de juros contratadas.

Sistema de Amortização Constante (SAC)

O SAC é um sistema de amortização que aplica o que conhecemos como “juros sobre juros”. É o sistema mais comum atualmente, principalmente para financiamentos. Nele, o valor de cada parcela não se altera, mas há oscilações entre o valor da amortização da dívida e os juros incididos.

Para facilitar a  compreensão deste sistema, muitas vezes ele é elaborado em uma Tabela SAC. 

Amortização = Valor da Parcela – Juros 

Portanto, o valor da parcela é calculado:

Valor da Parcela = Amortização + Juros


O diferencial de cada mês ocorre na forma da cobrança dos juros. Se o valor completo dos juros é de R$ 500, por exemplo, eles podem ser distribuídos da seguinte forma:

  • Primeiro mês: R$ 220
  • Segundo mês: R$ 200
  • Terceiro mês: R$ 80

Ou seja, os valores das parcelas se diferenciariam. Por exemplo, a primeira parcela seria R$ 1.220, já a segunda R$ 1.200. As parcelas vão diminuindo. 

Sistema PRICE (Sistema Francês)

No Sistema PRICE, todos os valores são constantes. Isso quer dizer que, no momento da contratação de um empréstimo, por exemplo, os valores de juros e do parcelamento da dívida serão sempre os mesmos.

Como usar a Tabela Price?

Por exemplo: em um empréstimo de R$1.000, parcelado em 10x e com juros constantes de 5%, o valor da parcela mensal é de R$ 150. Portanto, o valor final pago será de R$ 1.500.

Porém, é importante lembrar que é possível que seus cálculos sejam mais complexos, dependendo do tipo de juros a ser incidido, além de todos os pontos acordados entre as partes.

Sistema de Amortização Misto (SAM)

Esse é um sistema que utiliza tanto o SAC quanto o PRICE. Nele, é realizada a média aritmética das parcelas obtidas pelos dois sistemas.

Assim, em seu valor final, são incorporadas as características desses dois sistemas de maneira equilibrada.

Por fim, sua maior vantagem está em obter ganhos intermediários: a parcela paga não é tão variável quanto no SAC, mas também não é fixa como no PRICE. 

O SAM reduz o valor final dos juros, porém, a longo prazo, o planejamento do devedor deve ser criterioso, já que haverá o aumento no valor das parcelas conforme o tempo.

Sistema Alemão

O Sistema Alemão atua com a lógica do pagamento antecipado dos juros, com prestações iguais. Mas a primeira parcela corresponde apenas aos juros cobrados no momento do empréstimo. 

É um sistema pouco utilizado, sendo visto em empréstimos de longo prazo. O Sistema Alemão tem como características uma taxa de juros decrescente ao longo do tempo, o que também faz com que o valor final das prestações diminua.

Como escolher o melhor sistema de amortização?

Conhecendo os principais sistemas de amortização, como escolher o ideal? Antes de avaliar qual sistema é o melhor para seu caso, analise sua situação e se faça as seguintes perguntas:

  • Qual é o tempo para pagar a dívida e como isso se encaixa no meu orçamento atual?
  • Conheço bem o sistema que estou cogitando utilizar?
  • Qual sistema impacta menos o meu bolso?
  • Quais são minhas condições financeiras no momento?

Após responder, você entenderá o seu caso específico, objetivo futuro e fará a escolha ideal para não se deparar com prejuízos.Este conteúdo faz parte da missão do Nubank de devolver às pessoas o controle sobre a sua vida financeira. Ainda não conhece o Nubank? Saiba mais sobre nossos produtos e a nossa história.

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