Pular navegação

Por que casais brigam sobre dinheiro. E o que é possível fazer a respeito?

Pesquisas revelam os principais motivos de brigas financeiras de quem mora junto. Aqui, você encontra um guia prático para tentar evitá-las estruturando melhor as finanças com a sua cara metade.

Três imagens lado a lado de duas escovas de dentes cruzadas, cada vez em uma posição, como se fossem casais abraçados. Uma escova é roxa e a outra rosa claro, elas estão posicionadas na vertical em frente a um fundo lilás

Morar com alguém costuma ser sinônimo de união - de juntar as escovas de dente; compartilhar os lençóis; amarrar os trapos; completar as panelas sem tampa… O que muitas vezes fica esquecido ao dar este importante passo em um relacionamento é a parte da divisão: dos boletos, das dívidas passadas, dos planos para o futuro. 

E aí vem a pergunta: você teve essa tal conversa sobre dinheiro antes de decidir morar junto?

Se a resposta foi "não" - bem, você não está sozinho. Falar de dinheiro no Brasil é um tabu tão grande que menos da metade das pessoas têm esse tipo de conversa em casa - 44%, segundo uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). 

Por outro lado, a vergonha ou falta de hábito para falar sobre finanças não diminui a importância do tema em um relacionamento.

Na verdade, 48% dos brasileiros casados brigam justamente por causa de dinheiro, segundo a mesma pesquisa.

Afinal, por que casais brigam sobre dinheiro?

Os dados da CNDL e do SPC mostram cinco principais motivos para as discussões financeiras entre casais: 

  • Alguém gasta além das suas condições (46%);
  • O casal não concorda sobre as prioridades de gastos em casa (32%);
  • Atrasos no pagamento das contas (28%);
  • Dificuldade de formar reserva financeira por gastar tudo o que ganha (28%);
  • Rigidez da outra pessoa no controle dos gastos (21%).

Não existe fórmula para acertar as finanças pessoais, que dirá as de um casal. Mas existem, sim, perguntas e temas importantes na hora de decidir dividir a casa (e a vida) com alguma companhia.

Falar sobre eles pode ajudar a diminuir os conflitos pelos temas acima. Veja cinco questões que devem ser abordadas entre o casal para ter uma relação financeira mais saudável.

1. Entender qual é a renda da casa

Falar sobre salário e renda, ou sobre a falta deles, pode ser delicado. Mas é fundamental entender qual é o teto de gastos do mês e com o que cada um pode contribuir.

Não é preciso necessariamente ter uma conta conjunta (e muito menos que uma só pessoa controle todo o dinheiro da casa), mas entender a expectativa de renda a dois é o primeiro passo para conseguir se planejar.

2. Definir quanto será gastos por mês com os custos básicos

Colocar em uma planilha (ou caderno) o valor do aluguel, prestações, alimentação e outros custos fixos é importante para priorizar.

No Brasil, poder guardar dinheiro no fim do mês é um privilégio - ainda assim, ter clareza de quais são os boletos mais importantes é um passo importante. 

3. Concordar na divisão das contas

Dividir todas as contas de forma igual? Concentrar todos os pagamentos em uma pessoa? Contribuir de forma proporcional à renda? Cada um fica responsável por boletos específicos? De novo, não existe fórmula mágica, mas conversar sobre as opções é o melhor caminho. 

4. Criar metas - e lembrar que as conjuntas não significam abrir mão da individualidade`

Pagar uma dívida, juntar para uma viagem, comprar um carro… ter uma meta financeira é um dos melhores incentivos para conseguir começar a guardar. No entanto, não é preciso e nem recomendado abrir mão da liberdade financeira em nome das metas conjuntas.

Conversar sobre as prioridades ajuda, justamente, a priorizar algumas escolhas. 

5. Reconhecer todas as contribuições como parte da vida a dois

Afazeres domésticos, como cozinhar, limpar e passar a roupa, muitas vezes acabam esquecidos na hora de listar as contribuições de cada um. Uma pesquisa do Instituto Locomotiva mostrou o quanto este "trabalho invisível" é valioso: se fosse remunerado, geraria mais de R$1 trilhão por ano em renda.

No caso, a maior parte desses afazeres de casa é feita por mulheres - seja em forma de dedicação integral ou como a chamada dupla jornada (cuidar de tudo isso depois do expediente).  Na hora de conversar sobre as contribuições de cada um, lembre-se: é preciso levar em conta como é feita a divisão desse trabalho não remunerado.

Este conteúdo faz parte da missão do Nubank de devolver às pessoas o controle sobre a sua vida financeira. Ainda não conhece o Nubank? Saiba mais sobre nossos produtos e a nossa história aqui.

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossaPolítica de Privacidade.Ao continuar a navegar, você concorda com essa Política.