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Soft skills: o que são e por que importam em um processo seletivo?

Entenda o que são as habilidades comportamentais, ou soft skills, cada vez mais demandadas dos profissionais em processos seletivos.

soft skills: uma mulher e um homem conversando enquanto tomam café segurando suas xícaras. Foto: Unsplash @Priscilla Du Preez

Em um mundo cada vez mais tecnológico e com mudanças muito intensas, novas decisões precisam ser tomadas a todo tempo – e isso inclui o ambiente corporativo. Nesse cenário, as soft skills viraram a expressão da vez nos recrutamentos de vagas de emprego.

Soft skills são, de forma simplificada, habilidades comportamentais e bom desenvolvimento interpessoal – características cada vez mais valorizadas, com a agilidade dos novos tempos e a demanda por profissionais mais dinâmicos.

Se um currículo turbinado de experiências e competências técnicas já foi o suficiente para que um candidato fosse muito desejado nos processos seletivos, hoje, as habilidades comportamentais começaram a pesar mais no CV. Entenda o que elas são, quais o mercado mais valoriza e como desenvolvê-las.

O que é soft skill?

Soft skills são o conjunto de habilidades humanas e capacidade de lidar com as situações variadas e com as outras pessoas. Apesar de sempre terem sido valorizadas por processos de recrutamento, elas ganharam mais força nos últimos anos.. 

"As soft skills podem ser interpretadas como habilidades comportamentais. Ou seja, como você se comunica, como resolve problemas, como faz parcerias, como constrói colaboração, como trabalha (sozinho ou em grupo, se você é uma pessoa mais analítica ou mão na massa), etc", diz Jéssica Sandin, uma das diretoras de RH do Nubank.

Ou seja, as soft skills podem ser tanto relacionadas à maneira como você lida com o outro, como à maneira como você lida consigo mesmo e têm a ver com o quanto você se adapta, colabora, resolve problema e toma decisões.

Um exemplo: uma pessoa que consegue lidar bem com ambiguidades no trabalho – de forma calma, sem se desesperar, mas eficiente, ativando as pessoas certas e resolvendo a questão –, provavelmente tem a soft skill de resolução de problemas bem desenvolvida.

Soft Skills e hard skills: qual a diferença?

Se as soft skills têm a ver com as habilidades interpessoais e comportamentais, as hard skills são justamente aquilo que sempre se valorizou nos recrutamentos: as habilidades técnicas, mais práticas e tangíveis.

E esse conhecimento técnico ainda importa hoje em dia?

Segundo Jéssica, com toda certeza – afinal, um bom profissional consegue aliar bem os dois lados da moeda. "As habilidades comportamentais combinadas com o seu conhecimento técnico e experiência é o que gera resultados", diz ela.

Em outras palavras, desenvolver e equilibrar soft skills e hard skills é o que deixa uma pessoa mais completa profissionalmente.

"Hard skill é conhecimento técnico, que pode vir de curso, certificação, formação, estudo tradicional, de aprendizado mão na massa (combinados com soft skill)... Não adianta o profissional ser uma referência em conhecimento técnico, mas não saber aplicar aquele conhecimento na prática para gerar resultados", complementa Jéssica. 

"No que eu devo focar: hard skills ou soft skills?"

Os dois são importantes. O peso que você deve dar a elas depende tanto da vaga que você está aplicando quanto às características que já estão mais sólidas em você como profissional.

Ou seja, se você considera que tem muitas habilidades comportamentais e pouco conhecimento técnico, foque em cursos, formação ou mentoria. Se você tem habilidades técnicas suficientes, mas acredita que precisa melhorar as comportamentais, foque em como lidar com pessoas e circunstâncias.

Vale lembrar: assim como seus conhecimentos técnicos, as soft skills ganham mais peso quando podem ser comprovadas. Você pode apenas dizer que tem habilidade em trabalhar em equipe, por exemplo, ou pode ilustrar com algum projeto em que precisou colaborar com diversas áreas diferentes para ter sucesso.

Dependendo do tamanho do seu currículo e da quantidade de informações, não necessariamente isso precisa entrar no documento, mas é importante saber exemplificar as soft skills em uma eventual entrevista.

Como desenvolver soft skills?

Para quem está empregado, desenvolver soft skills passa por imergir na cultura da empresa, buscar mentorias, elaborar e acompanhar métricas, entre outros métodos já consolidados.

Se a empresa não tiver boas práticas consolidadas, começar a formá-las pode ser uma ótima iniciativa e colaborar para seu aprendizado – lembrando que resolver problemas também é uma ótima soft skill para desenvolver.

Mas e quem está desempregado? Como desenvolver soft skills sem uma cultura empresarial ou métricas para acompanhar?

De acordo com Jéssica, o passo a passo abaixo pode ajudar:

  • "Se envolver em trabalhos voluntários que requeiram liderança, colaboração e comunicação;
  • Criar projetos com amigos e família, que além de colocarem essas habilidades em prática, também sejam construtivos para as outras pessoas;
  • Fazer cursos e workshops de liderança, comunicação e trabalho em equipe gratuitos no Youtube e outras plataformas livres de conteúdo".

Soft skills: exemplos do que você deveria focar 

No segundo semestre de 2020, já em meio à pandemia de Covid-19, o Linkedin lançou um levantamento global que mostrou quais são as 10 principais características procuradas em um profissional – e as soft skills são maioria na lista. 

10 principais habilidades mais buscadas de 2020:

  • Comunicação;
  • Gestão de negócios;
  • Resolução de problemas;
  • Ciência de dados;
  • Gestão de tecnologias de armazenamento de dados;
  • Suporte técnico;
  • Liderança;
  • Gerenciamento de projetos;
  • Aprendizado online;
  • Aprendizagem e desenvolvimento de funcionários.

O levantamento mostra que as habilidades humanas, que mesmo antes já eram valorizadas, têm se tornado ainda mais importantes na pandemia. 

Em uma entrevista, o diretor-geral do Linkedin na América Latina, Milton Beck, disse que o trabalho remoto fez com que a comunicação fosse ainda mais valorizada pelos gestores. "As pessoas estão com os nervos à flor da pele. Ter canais de comunicação abertos ajuda a tirar preocupações”, afirma.

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