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PIB, IPCA e IGP-M: por que você precisa entender essas três siglas em 2024

O PIB indica o quanto a economia está crescendo ou diminuindo, o IPCA e IGP-M mostram como isso está impactando o bolso das pessoas – e os três são temas importantes em 2024.

Imagem de um fundo verde com várias cédulas de real enfileiradas na diagonal

Responder como vai a economia não é fácil e envolve muitos fatores. Mas há alguns grandes indicadores que ajudam a nortear essa resposta: entre eles, se destacam o PIB, o IPCA e o IGP-M.

Quem são eles? De forma simplificada:

  • PIB é a sigla para Produto Interno Bruto. Ele é a soma de todos os produtos e serviços finais produzidos em um país. Ou seja, quando você ouve que o PIB cresceu, é porque essa soma aumentou. Quando o PIB caiu, é porque a soma diminuiu.
  • IPCA significa Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. Ele é o principal indicador da inflação no Brasil, porque mede a variação de preços de produtos e serviços. Se o IPCA sobe, é porque a média dos preços está aumentando.
  • IGP-M, finalmente, é o Índice Geral de Preços-Mercado. Ele também é um indicador da inflação, mas reflete a oscilação de preços em todos os estágios de produção – e não só quando eles chegam ao consumidor final. Ele também serve como o padrão para reajustar os contratos de aluguéis de imóveis.

Não é que eles sejam os três índices mais importantes da economia. Mas ganham um destaque maior porque, juntos, desenham um bom retrato da situação econômica e do peso dela no bolso dos brasileiros.

Enquanto o PIB indica o quanto a economia como um todo está crescendo ou diminuindo, o IPCA e IGP-M mostram como isso está impactando diretamente o bolso das pessoas.

E qual é o estado deles hoje? Vamos por partes.

1. PIB

O que é PIB: fila de colunas roxas intercaladas por pilhas de moedas

O PIB é um valor monetário: ele cresce ou diminui sempre em relação ao período anterior – é por isso que você sempre ouve falar dele em porcentagens.

Por exemplo: um país fecha o primeiro trimestre com o PIB de US$ 100 bilhões: isso significa que, naqueles três meses, a soma de todos os produtos e serviços finais geraram esse valor. No trimestre seguinte, o valor foi de US$ 102 bilhões. Neste caso, o PIB cresceu 2% de um trimestre para outro.

E como está o PIB do Brasil?

O dado mais recente do PIB é o do terceiro trimestre de 2023, que apresentou um crescimento de 3,1%, no acumulado dos últimos 12 meses. Sozinho, esse número pode causar bastante otimismo, mas ele não significa que a economia está num cenário tranquilo.

A primeira coisa que precisa ser compreendida é o fator percentual. No quarto trimestre de 2022, o PIB cresceu 1,9%, no terceiro trimestre de 2022, cresceu um pouco mais, 3,6%. No segundo trimestre de 2022, a alta foi maior, de 3,7%. Do segundo trimestre de 2022 para o segundo trimestre de 2023, o PIB subiu menos, 3,2% e, agora, no terceiro trimestre, esse crescimento acumulado é de 3,1%.

Ou seja, apenas conferindo o histórico de, pelo menos, um ano, é possível dizer que o crescimento verificado no terceiro trimestre de 2023 representa uma estabilidade.

2. IPCA

uma laranja e uma maçã vistas de cima sobre uma balança roxa

Você deve ter reparado que os alimentos foram os grandes vilões dos preços em 2022. A história parecia se repetir no início de 2023, mas o jogo virou, principalmente a partir de abril, quando a inflação apresentou uma desaceleração mais intensa – em junho, por exemplo, a variação dos preços chegou a ser negativa, em 0,08%.

Quem registra essas altas todas é o IPCA. A sua variação mostra o aumento generalizado (em outras palavras, a inflação) dos preços para os consumidores finais – não só de alimentos, como também de combustíveis, vestuário, entre outros grupos.

E como está o IPCA?

Segundo dados do IBGE, a inflação medida pelo IPCA fechou 2023 em 4,62%, ficando acima da meta estabelecida pelo Banco Central do Brasil, mas ficou dentro do intervalo de tolerância (chamado de teto da meta) pela primeira vez desde 2020.

3. IGP-M

O motivo para tanta gente prestar atenção no IGP-M no dia a dia é que, como padrão, ele é o índice usado para reajustes dos contratos de aluguéis.

Em outras palavras: se o seu aluguel é de R$1.000 e o IGP-M aumenta 10% no período de ajuste do seu contrato, o dono do imóvel pode passar a cobrar R$1.100.

E como está o IGP-M?

O aumento acumulado em 2023 foi de queda de 3,18% – bem abaixo do registrado em 2022, quando acumulou alta de 5,45%, segundo a FGV. Essa queda do ano passado foi a primeira registrada em toda a a série histórica da FGV.

Em dezembro de 2023, o índice ficou em 0,74%.

O movimento de preços das commodities (bens de consumo negociadas em bolsas de valores no mundo todo, como o milho e a soja) no mercado internacional é o que mais mexe no ponteiro do índice.

Para os locatários, existe margem para negociação. Quem tem contrato de aluguel prestes a completar aniversário pode negociar com o proprietário ou imobiliária para que o valor não suba tanto.

Existem até imobiliárias que começaram a propor o IPCA como índice para reajuste no contrato. Na hora de negociar, saiba o movimento dos dois índices para definir aquele que subiu menos no período.

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